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 de Abril – No Príncipio Era o Verbo
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Manuel S. Fonseca
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Nuno Saraiva
© Guerra e Paz, Editores, Lda., 
Reservados todos os direitos
GUERRA E PAZ, EDITORES, LDA.
R. Conde de Redondo, –.º Esq.
 - Lisboa
Tel.:   
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Ana Antunes
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Ilídio J.B. Vasco
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índice
U   . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
P
Uma noite longa para acabar com a longa noite:
uma cronologia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
Frases, Slogans, Palavras de Ordem, Pichagens:
O Verbo à Solta do 25 de Abril . . . . . . . . . . . . . 41
Baril, baril foram as frases de Abril. . . . . . . . . . . . 43
O 1.º de Maio: era feio, era feio, ficar no passeio. . . . . 51
A livre e quântica imaginação de Abril (I) . . . . . . . . . 57
Presos políticos fora de Caxias, já,
que há outros para entrar. . . . . . . . . . . . . . . . . 61
Ai, o soldadinho não volta lá do outro lado do mar . . . 67
A livre e quântica imaginação de Abril (II). . . . . . . . . 75
O operário em construção . . . . . . . . . . . . . . . . 79
Qual é a arma? A cantiga ou as eleições?
E a arma não desarma?. . . . . . . . . . . . . . . . . . 87
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A livre e quântica imaginação de Abril (III) . . . . . . . . 97
Salários, Sindicatos, o Tio Patinhas e os monopólios . . 101
A dentadura do proletariado, combates políticos,
ideologia e meninos rabinos . . . . . . . . . . . . . . . 111
A livre e quântica imaginação de Abril (IV) . . . . . . . . 125
Reforma Agrária, pouca terra, muita palha. . . . . . . .129
O tenebroso 28 de Setembro e o silêncio da maioria. . .137
A livre e quântica imaginação de Abril (V). . . . . . . . .145
O 11 de Março, galo de Barcelos,
galinhas e nacionalizações . . . . . . . . . . . . . . . . 149
25 de Novembro, sequestros e alguma fumaça . . . . . . 157
A livre e quântica imaginação de Abril VI . . . . . . . . .163
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Um livro livre
Festa. Este é um livro de festa, por ser agora, em
Abril de 2024, que se festejam os 50 anos do dia
em que uma acção militar revolucionária derrubou
uma ditadura de 48 anos. Passaram 50 anos. Há quem
diga, com voz de militante seminarista, que «comemora-
mos» esse meio-século, mas eu corrijo: «comemoramos» é
conversa de uma vetusta senhora sua tia (sua, deles, bem
entendido): os 50 anos do 25 de Abril de 1974 têm de ser
festejados. O 25 de Abril foi uma das mais impressionan-
tes algazarras de liberdade, loucura, e inocente destrambe-
lhamento colectivo que o modesto povo português já viveu.
O 25 de Abril foi catarse e foi delírio. Nesse dia,
Portugal viveu um dos seus dias mais felizes, senão o mais
feliz de todo o seu século . Num dia de amor à primeira
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vista, em que o povo beijou a boca dos seus soldados, e
fez jardins de cravos na ponta das espingardas, de alguma
forma exorcizando a céptica e inelutável máxima do dita-
dor Mao Tsé-Tung, nesse dia de amor à primeira vista
esboroou-se o regime de partido único (ou de partido
nenhum, na verdade) que acinzentava o país e bloqueava
a liberdade: liberdade de ler, de falar, de viajar até, liberdade
de rompermos com uma imposta e impostora solidão, tão
orgulhosa como patética. Um sobressaltado Salazar deu,
nesse dia, uma desconfortável segunda volta no seu túmulo.
A liberdade chegou como uma inundação: as margens
estreitas em que, direitinho, calado e virado para a frente,
se encarreirava Portugal foram estilhaçadas: proliferaram
partidos políticos; levantaram-se do chão incendiários edu-
cadores do povo; agitaram-se estandartes; colaram-se car-
tazes; pichagens pintaram e redesenharam paredes; ruas,
largos e avenidas entupiram-se com torrentes de gente
em loucas manifs; slogans e palavras de ordem atroaram
os céus. O recalcado silêncio de quase cinco décadas foi
varrido por um exuberante caudal de palavras: Portugal
afogueava-se para falar, para gritar, para escrever, atrope-
lando se preciso fosse a ortografia. Um dilúvio de palavras.
Vimos, ouvimos e lemos: eis o que este livro não ignora.
É desse zeitgeist, desse ar do tempo, dessa mundi-
vidência de que este livro quer ser a mais despretensiosa
testemunha. Este livro quer ser uma viagem no tempo.
Primeiro, num preâmbulo mansinho, nocturno, vamos visi-
tar e descrever, hora a hora, os incidentes e o suspense da
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