prólogo
PRÓLOGO
Ergue ‑te ó Sol de Verão
Somos nós os teus cantores da matinal canção
Ouvem ‑se já os rumores
Ouvem ‑se já os clamores
Ouvem ‑se já os tambores
J A
Cantava -se já o prenúncio de um novo alvorecer. O «dia inicial
e limpo» carregado de esperança e liberdade. No cano de uma
espingarda em flor, sem um tiro, caía um regime velho de quase
meio século. E com ele a repressão e a censura. A guerra e a tortura. A pri-
são do pensamento.
À luz do novo dia, descobria -se um país isolado do mundo. Pobre
e analfabeto. Triste e subdesenvolvido. Obscuro e medievo.
Por este livro corre o Algarve onde quase tudo estava por aconte-
cer. Aqui se contam 50 anos de realizações e sonhos, ilusões e desenganos.
Alegrias e esperanças frustradas. Na escrita dos dias. Respirando a con-
quista maior do sonho em liberdade.
A grande maioria das histórias aqui contadas são crónicas datadas
e reescritas a partir de originais editados nos diversos órgãos de comuni-
cação social em que trabalhei ao longo de quatro décadas, com recurso
pontual a outras fontes: Agência Lusa, DN, jornal Postal do Algarve, Jornal
do Algarve, CNE, Enciclopédia Livre.
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