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
A Culpa do Homem Branco

João Pedro Marques
© Autor e Guerra e Paz, Editores, Lda., 2024
Reservados todos os direitos
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Maria José Batista
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Joana Ambulate
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Ilídio J.B. Vasco
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D. Dias
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Hugo David
: 978-989-576-042-8
 : 526731/24
1.ª : Fevereiro de 2024
GUERRA E PAZ, EDITORES, LDA.
R. Conde de Redondo, 8–5.º Esq.
1150 -105 Lisboa
Tel.: 213 144 488
www.guerraepaz.pt
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A CULPA DO
HOMEM BRANCO
João Pedro Marques
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joão pedro marques
Índice
P . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
A memóriA do império . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
Alvos a abater: o Infante e o Padrão . . . . . . . . . . . . . .15
Um império de culpa e vergonha? Depende de nós . . . . . . 21
O cidadão X e a rainha Njinga . . . . . . . . . . . . . . . .27
O memorial. Pergunta a Carlos Moedas . . . . . . . . . . . .32
Racismo e luso -tropicalismo . . . . . . . . . . . . . . . . .36
restituições e repArAções . . . . . . . . . . . . . . 41
O que fará correr o ministro da Cultura? . . . . . . . . . . .43
Que farão PS e PSD na Era da Expiação? . . . . . . . . . . .47
A penitência do The Guardian. . . . . . . . . . . . . . . . .52
Marcelo e a escravatura? Reprovado . . . . . . . . . . . . . .58
Reparações históricas: o programa da festa . . . . . . . . . .64
As melhores intenções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .68
A conta já chegou. São 20 biliões de dólares. . . . . . . . . .72
Reparações: três tretas para iludir ingénuos . . . . . . . . . .76
A versão africana da História é ingénua ouastuta? . . . . . .80
Pela porta das traseiras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .85
escrAvAturA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .89
Ligeiros enganos de um americano em Lisboa . . . . . . . . 91
Berbice, 1763: uma grande revolta escrava . . . . . . . . . . .97
Guterres e a escravatura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102
Verdades que enganam . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 107
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A CulpA do Homem BrAnCo
A escravatura politizada de Cristina Roldão . . . . . . . . . 112
As duas faces do negreiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . 118
A extrema -esquerda não larga o osso (mastem zero
emaprendizagem) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 123
Tantos enganos, Daniel Oliveira! . . . . . . . . . . . . . . 126
Os encolhidos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 131
Joacine e a perpetuação da asneira . . . . . . . . . . . . . 136
ensino dA HistóriA . . . . . . . . . . . . . . . . . . 139
A cruzada das crianças . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 141
Manuais de Roldão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 147
ser woke . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 151
Não conseguem cancelar? Difamem. . . . . . . . . . . . . 153
Os donos da bola . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 158
Os woke nunca existiram? . . . . . . . . . . . . . . . . . . 162
Observando o Observatório e suas convicções. . . . . . . . 167
Notícias de Inglaterra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 172
O realejo encravado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 177
Silêncios nada inocentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . 181
A culpa do homem branco . . . . . . . . . . . . . . . . . 185
Verdadeiramente imbecil . . . . . . . . . . . . . . . . . . 190
Será que pega de empurrão?. . . . . . . . . . . . . . . . . 194
Vergonha de ser branco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 198
P . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 203
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joão pedro marques
Prefácio
Como é sabido, a palavra inglesa woke remete para o
verbo to wake (acordar) e usa -se, no contexto do debate
político e ideológico, para designar aqueles que se con-
sideram despertos e alerta para as injustiças do mundo. Esse acor-
dar para os males do mundo e os actos com que tentam remediá -los
são, geralmente, tão exagerados e ridículos que a palavra adquiriu
uma conotação pejorativa. Por isso, muitas pessoas woke quiseram
demarcar -se do termo, não se reconhecendo nele, repudiando -o e
afirmando que era apenas uma invenção malévola dos seus adver-
sários. Mas não é verdade que assim seja. O wokismo tem uma exis-
tência real, um exército de fiéis e seguidores, e características muito
próprias. Aliás, a par desses que se demarcam da palavra há os que
assumem com orgulho a sua condição de woke. São pessoas de
todas as idades que o fazem, e que encontramos sobretudo à
esquerda do espectro político, mas também as há na direita, como
é o caso, por exemplo, de Theresa May, a ex -líder dos Conservadores
britânicos e ex -primeira -ministra do Reino Unido*.
A atenção dessas pessoas está particularmente focada nas ques-
tões do presente– o racismo, o feminismo, os direitos dos transe-
xuais, a linguagem politicamente correcta, etc.–, mas não se esgota
aí. Há uma fatia muito substancial do activismo woke que tem os
olhos postos no passado, na memória que dele temos e na forma
como construímos a História. Não é a História em si mesma, como
* «eresa May says she is “woke and proud”» (telegraph.co.uk)
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actividade intelectual ou modo específico de conhecer, que inte-
ressa aos activistas woke e que motiva a sua acção, mas apenas a his-
tória dos que hoje em dia são ou se consideram desfavorecidos e
sem voz, muito em particular os africanos e afro -descendentes.
Os woke querem não apenas dar voz e visibilidade a essa parte da
humanidade, mas compensá -la pelas agruras e injustiças que terá
sofrido no passado e culpabilizar o homem branco por isso. Note-
-se, contudo, por ser muito importante, que o wokismo não visa
uma compensação por todas as agruras e injustiças que essa parte
da humanidade passou, mas apenas por aquelas relacionadas com
a sua interacção com o homem branco e ocidental. As que resulta-
ram, por exemplo, da sua interacção com o mundo árabe ou ber-
bere são geralmente desvalorizadas ou ignoradas.
Daí resulta que os woke exijam ao Ocidente, visto como o
opressor por excelência, compensações materiais e imateriais e,
também, uma mudança da narrativa de factos passados e da memó-
ria colectiva. Chamam a isso a descolonização da História e do
espaço público. Não surpreende, portanto, que nos últimos anos,
e na esteira da Década Internacional de Afrodescendentes*, insti-
tuída por esse viveiro de wokismo que é a ONU, a nossa esquerda
woke, na qual pontifica muita gente de origem africana, seja ela de
nacionalidade portuguesa ou estrangeira, tenha não só lançado inú-
meras acusações genéricas ao homem branco, visto como um ser
pernicioso que teria trucidado e explorado o mundo e que benefi-
ciaria de um alegado privilégio face às pessoas com outra cor de
pele, mas também tenha andado num afã para tentar impor alte-
rações no ensino básico e secundário da História e na memória da
escravatura, do império ultramarino e de relevantes figuras e acon-
tecimentos do nosso passado.
Este livro constitui uma nova etapa da minha resposta a esse
intuito de mexer nos manuais escolares, na memória colectiva, e à
* Década Internacional de Afrodescendentes 2015 -2024 (decada -afro -onu.org)
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joão pedro marques 
catadupa de acusações que os wokes foram lançando sobre vários
aspectos do passado do nosso país, em particular sobre o seu envol-
vimento na história da escravatura e sobre determinadas vertentes
mais violentas, sangrentas ou iníquas dos Descobrimentos e do
Império Colonial. Por outras palavras, trata -se da continuação de
um trabalho de compilação que iniciei há cinco anos, numa tenta-
tiva de reunir o que até então estava disperso. No total, e desde Abril
de 2017, escrevi mais de uma centena de artigos em jornais como
o Diário de Notícias, o Público, o Observador e, pontualmente, tam-
bém no Expresso, artigos esses que fui reunindo em colectâneas e
publicando por ordem cronológica aqui na Guerra e Paz. O pri-
meiro volume, com o título Combates Pela Verdade. Portugal e os
Escravos, saiu em meados de 2020. O segundo, intitulado
Descobrimentos e Outras Ideias Politicamente Incorrectas é do início
de 2023. Este, A Culpa do Homem Branco, que agora têm nas vossas
mãos e que reúne artigos escritos de finais de 2022 a princípios de
2024, é o terceiro acto desse amplo debate público e poderá even-
tualmente, como explico no posfácio, ser o seu acto final.
Este terceiro volume de crónicas funciona na mesma lógica e
com a mesma estrutura dos anteriores. Compõe -se de 35 artigos
previamente publicados nos jornais nacionais e de três ainda iné-
ditos, e divide -se em cinco capítulos de acordo com a coerência
temática. O primeiro deles, «A memória do Império», reúne os tex-
tos que respondem a ataques infundados ou mal fundamentados
a essa memória. O segundo, «Restituições e reparações», aborda a
questão da devolução de peças museológicas e artefactos diversos,
e a das eventuais indemnizações materiais a antigas colónias. Os ter-
ceiro e quarto capítulos, «Escravatura» e «Ensino da História», res-
pectivamente, são prolongamentos e aprofundamentos do que,
nessas áreas, já havia tratado nos dois volumes anteriores. Por fim,
o quinto e último capítulo, intitulado «Ser woke», reúne textos que
abordam o fenómeno do wokismo e a forma de o enfrentar e
vencer.
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A CulpA do Homem BrAnCo
Alguns dos textos que integram estas cinco partes foram escri-
tos no contexto de um debate que, como se referiu, vem desde 2017
e respondem especificamente a intervenções nesse debate, ou seja,
são réplicas e elementos de uma polémica. Outros são textos de crí-
tica a opiniões específicas. Por isso, decidi, tanto num como nou-
tro caso, incluir neste livro, em nota de rodapé, a referência que
permitirá ao leitor, querendo, aceder aos escritos ou às notícias a
que esses meus artigos respondem.
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