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DE PLEBEIAS A PRINCESAS E RAINHAS
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
De Plebeias a Princesas e Rainhas:
Os Contos de Fadas da Actual Realeza Europeia

Alberto Miranda
© Autor e Guerra e Paz, Editores, Lda., 
Reservados todos os direitos
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Inês Figueiras

Alice Araújo
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Ilídio J.B. Vasco
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André Cardoso
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Shutterstock/Fotobanco.pt
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Nuno Moreira
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GUERRA E PAZ, EDITORES, LDA.
R. Conde de Redondo, –.º Esq.
 - Lisboa
Tel.:   
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O ‑FICÇÃO · ACTUALIDADE
ALBERTO MIRANDA
Os Contos de Fadas da Actual Realeza Europeia
De Plebeias
a Princesas
e ainhas
PREFÁCIO
Manuel Luís Goucha
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Numa obra sobre histórias de amor, não posso deixar de dedicar este
livro à Mirce, a minha mulher, com quem, em 2024, celebro 25anos
de vida em comum.
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«São precisos dois para se fazer um bom casamento.»
Rainha Margarida II da Dinamarca
«Se as pessoas pudessem ter uma vida de princesa, não o con-
seguiriam ser durante mais do que uma semana e… deixariam
de sonhar tanto
Princesa Stéphanie do Mónaco
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
Escrever é um acto isolado, mas um livro também nasce graças aos apoios rece-
bidos, e há várias pessoas a quem quero agradecer!
Obrigado a Manuel S. Fonseca, o meu editor, que abraçou a minha ideia
para esta obra de imediato, assim como à equipa da Guerra e Paz.
Obrigado, Manuel Luís Goucha, por ter aceitado fazer o prefácio. Sei
bem que gosta dos temas de realeza e, além disso, tem um currículo invejá-
vel como enviado especial da TVI para fazer a cobertura de cerimónias reais,
como os casamentos dos príncipes William e Kate, Harry e Meghan, Alberto
do Mónaco e Charlene, assim como o Jubileu de Diamante de Isabel II e o
seu enterro, e a recente coroação de Carlos III.
Thank you so much, Cristina Lobo Antunes, por tudo!
À minha querida prima Bárbara Rodrigues, que é uma leitora dedicada,
agradeço as palavras que me dirigiu depois de eu a iniciar na temática da realeza.
Graças aos livros que já escrevi e através da minha conta de Instagram,
@diario.da.realeza, tenho conhecido várias pessoas com quem partilho o gosto
pelas famílias reais, como Ana Maria Costa, Daniel Lima, Graça Sabino e
Ricardo Cardoso de Paiva, que se têm revelado tão curiosos quanto conhece-
dores desta temática e que, com as suas palavras, me têm incentivado a pro-
duzir novos conteúdos.
Não posso deixar de mostrar a minha gratidão a quem me apoiou durante
o tempo que dediquei ao meu terceiro livro: Sérgio Simões, Nuno Paulo, Ana
Cátia Ferreira, Pilar Ferreira, Fátima Gomes, Paula Bouhon e José Coimbra.
Agradeço as palavras de incentivo das minhas irmãs e dos meus pais, que
têm o mesmo efeito de alegria de quando o Principezinho (essa personagem
do magistral livro de Saint-Exupéry) encontrou água no deserto.
Praia do Magoito, 25 de Novembro de 2023
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Índice
Prefácio, por Manuel Luís Goucha. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .13
Nota do autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .17
De Plebeias a Princesas e ainhas
I – As soberanas sem sangue real
Sónia da Noruega: A espera de dezanos para casar. . . . . . . . . . . . . 29
Sílvia da Suécia: De tradutora em Munique, a rainha escandinava . . . . . . 43
Maria Teresa do Luxemburgo: A cubana exilada na corte dos Nassau . . . . 56
Máxima dos Países Baixos: A argentina que se apaixonou em Sevilha . . . . 78
Letizia de Espanha: A ex -jornalista, divorciada, laica e republicana . . . . . 98
Charlene do Mónaco: Abandonar a carreira olímpica por amor . . . . . . . 135
II – As princesas herdeiras plebeias
Mette -Marit da Noruega: Mãe solteira e com um passado ligado às drogas. . 171
Mary da Dinamarca: A australiana que nunca sonhou com príncipes . . . . 192
Kate de Gales: Um longo namoro, um casamento perfeito . . . . . . . . . 216
III – O único futuro consorte
Daniel da Suécia: De personal trainer a marido da princesa herdeira . . . . . 255
Bibliografia e fontes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 271
Árvore genealógica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 277
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alberto miranda 13
Prefácio
Afinal, vou falar de amor começando pela falta dele, que o sentimento andou
por séculos arredado dos matrimónios reais. Era tudo combinado de acordo com con-
veniências políticas, desejadas alianças dinásticas e redes de poder. Os noivos conhe-
ciam-se por retrato pintado, tradição que terá começado aí pelos idos de quatrocentos,
que, antes, nem isso, e tanto melhor se o artista fosse dotado, sabendo-se que a noiva
era sempre procurada entre as melhores e mais poderosas famílias de sangue real.
Por certo que o afecto surgiu, posteriormente, em alguns casos, mas essa não era a
preocupação primeira, havia que garantir a linha sucessória e, se a rainha não gerava
filhos, descasavam-se e pronto, até que a Igreja se «meteu ao barulho» e impôs que o
matrimónio fosse cousa indissolúvel. E, mesmo assim, nada que não se enfrentasse,
se necessário até ao rompimento. Recorde-se Henrique de Inglaterra, VIII de seu
nome, por isso fundador da Igreja Anglicana. Por cá, nos mais de 700 anos que de
monarquia leva a nossa História, talvez tenha sido Amélia de Orleães e Bragança a
única a ter conhecido o marido antes do enlace matrimonial, por sinal o último da
monarquia reinante até 1910, com a capital em festaria e por oito dias.
Temo a ligeireza com que falo do assunto, que isto, em tese, daria para muito
mais longos e fundamentados escritos, mas achei por bem referi-lo nesta nota com
que, com todo o gosto, prefacio o novo livro de Alberto Miranda. Quanto ao autor,
conheço-o desde que estava no jornalismo de vertente social – o possível neste uni-
verso de figuras conhecidas, muitas falhas de interesse, convenhamos (se acharem que
me devem incluir no lote, não se acanhem) –, onde sempre se revelou de escrita cui-
dada e de bom gosto. Mas, sobretudo, pelo estudo e interesse mostrados pelos temas
relacionados com a História, passado e presente, das famílias reais europeias. Por isso,
os seus préstimos, sempre ricos de conhecimento e seguros, são regularmente requi-
sitados pelos mais diversos órgãos de comunicação social para comentar casamentos
reais, jubileus, coroações, funerais e outros eventos que tais.
Desta, foram as plebeias que o levaram a escrever mais um livro, realidade de
um tempo recente que vem da segunda metade do século , quando reis e rainhas
não têm mais do que um valor representativo, porém, não sem importância, porquanto
garante de equilíbrio e coesão social. Com elas, as plebeias, entra de rompante o ena-
moramento e o amor nas casas reais, desafiando convenções e vetustos protocolos.
muito que o rei não é mais alguém que pertence a um mundo acima do comum dos
mortais, intocável e inquestionável, como se fora divino. Continuamos a vê-lo como
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de Plebeias a Princesas e Rainhas14
especial talvez pelo peso do passado que carrega no seu nome, mas banal nos seus
erros e desaires. Veja-se Juan Carlos de Espanha, como conseguiu desbaratar todo um
capital de respeito consolidado durante décadas, por razões por demais sabidas. Não
fora Letizia, a plebeia jornalista e divorciada, a colar os «cacos», impondo-se com fir-
meza a uma aristocracia que sempre a olhou com desdém, e talvez a monarquia em
Espanha tivesse os dias contados. Felipe, na altura príncipe herdeiro, não a conhe-
ceu num banquete feérico, antes num comum jantar de amigos. O amor que, entre-
tanto, nasceu entre os dois ultrapassou todos os obstáculos e o que hoje vemos é uma
família moderna, respeitada, usando de uma maior proximidade com os espanhóis,
não sem cumprirem as exigências decorrentes do papel que cada membro desempe-
nha, infantas incluídas, nos tempos que correm. É uma questão de sobrevivência da
própria instituição, e tal aplica-se às demais casas reais. Dos casos que o autor apre-
senta nas páginas que se seguem, será o de Charlene Wittstock o único a levantar-
-me dúvidas. O encontro de Alberto II do Mónaco com a nadadora deu-se em 2000,
no âmbito de uma competição desportiva – até aqui nada de mais –, mas o que sem-
pre me fez espécie foi ter visto uma noiva profundamente infeliz no dia do seu casa-
mento – ainda que belíssima no seu Armani –, dando corpo aos rumores que corriam
no principado de que havia sido apanhada em fuga, dois dias antes, no aeroporto de
Nice. Eu próprio ouvi a história da boca de um taxista no dia em que tudo terá acon-
tecido. Cada vez mais se fala de um negócio de milhões a sustentar um matrimónio
de fachada, o que nos remete a tempos idos e ultrapassados.
As plebeias, hoje rainhas consortes ou princesas herdeiras, trouxeram para as
famílias reais, cuja função é, pelo menos na Europa, meramente simbólica, ainda
que importante, um outro olhar e sentir da realidade, curiosamente tornando pos-
sível o «conto de fadas» tão enraizado na cultura ocidental e que a Disney tão pro-
veitosamente soube reforçar. Dêem um tutu, uma tiara e uma varinha de magicar a
uma criança e logo a verão entrar num mundo que julga apenas de brilho e de sonho.
Compreenda-se, nestas idades, o «fazer de conta» à procura de modelos. Os príncipes
e princesas ganham estatuto de heróis. Mais tarde, perceberão que são a um mesmo
tempo especiais e banais. Uma combinação única.
Republicano que sou, agrada-me pensar que qualquer um de nós pode, por
mérito e vontade popular, ascender ao lugar cimeiro do país, mas não posso negar o
fascínio, talvez infantil, que sinto sempre que sou chamado a oficiar, como apresenta-
dor, eventos reais. Pela estética, pela teatralidade, pelos rituais… Não recuso a História,
quase sempre contada pelos vencedores, procurando saber também as dos vencidos,
que é no confronto das duas que conhecemos o país que fomos. Idêntico prazer senti
ao ler as páginas que se seguem, e já agora, que estou em maré de confissões, deixe-
-me que lhe diga, também tenho uma favorita: Máxima, rainha dos Países Baixos.
M L G
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Nota do autor
Impõe -se uma delimitação temporal e geográfica para as protagonistas deste
livro. A presente obra não é uma reunião de todos os casos de plebeias que entra-
ram para o restrito clube das famílias reais do mundo, sendo excluídos os exemplos
das famílias reais não reinantes da Europa, e das famílias reais do Oriente e da Ásia.
As eleitas que aqui figuram são as personalidades actuais das monarquias vigen-
tes no Velho Continente que não descendem de reis, como as seis soberanas sem san-
gue real: Sónia da Noruega, Sílvia da Suécia, Maria Teresa do Luxemburgo, Máxima
dos Países Baixos, Letizia de Espanha e Charlene do Mónaco, assim como as prin-
cesas herdeiras Mette -Marit da Noruega, Mary da Dinamarca e Kate, princesa de
Gales, todas elas hoje figuras mediáticas que não pertenciam, antes de casar, ao cír-
culo das monarquias.
Por se tratar do único futuro príncipe consorte, isto é, marido de uma futura
rainha, das dez casas reais europeias e por, também, ele ser um verdadeiro cidadão
comum, foi incluído aqui o príncipe Daniel, marido da princesa Victoria da Suécia,
e, à excepção deste caso masculino, a ordem de apresentação de cada uma destas his-
tórias está relacionada com o ano em que contraíram matrimónio, começando pelo
conto de fadas mais antigo até ao mais recente.
Refira -se que as fontes consultadas em inglês, francês e espanhol surgem aqui
citadas numa tradução livre.
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alberto miranda 17
Introdução
Por que motivo exercem tanto fascínio os casamentos reais? Ontem como hoje,
nos países monárquicos, as histórias de amor continuam a encantar e esta admira-
ção prende -se com todo o imaginário inerente aos contos de fadas, que ultrapassam
fronteiras.
A aceitação por parte dos cidadãos das famílias reais mostra -nos não só que
elas são catalisadoras de fortes paixões nacionais mas também que a igualdade social
não colide com uma instituição que é hereditária. Quer isto dizer que o princípio da
hereditariedade, de acordo com o nascimento, para a sucessão na chefia de Estado,
transmitido do monarca ao seu filho ou filha mais velha, é aceite. Este é um traço
definidor do ethos da realeza e faz parte da sua idiossincrasia como grupo ou clube
restrito, que o é e ao qual só se pertence ora por nascimento ora por casamento.
Vários autores, como Peter Conradi, têm salientado, por isso, que a monarquia
é um «anacronismo histórico aparente que sobreviveu até aos nossos dias […] [e]
não estamos perante países pobres […]. Os países escandinavos, em particular, figu-
ram entre os mais igualitários não só no continente europeu como no mundo inteiro.
E não são conservadores. As suas referências democráticas são exemplares»1. Mais,
«estas disposições arcaicas são toleradas e também são regularmente apoiadas por uma
maioria clara dos parlamentos de cada país e pela população inteira»2. São estas pes-
soas da realeza, com uma aura real, mas igualmente normais, como todos os mortais,
que vivem e pertencem a um outro mundo. «Hoje, os reis e príncipes soberanos são
“iguais a nós”, partilham os nossos defeitos e fraquezas, os mesmos gostos e manias.
Iguais sim, mas sempre com qualquer coisa de diferente: a herança da História e dos
seus antecessores dinásticos, que os faz viver um destino único3 Algumas destas
personalidades têm mesmo um papel fora do comum e têm um carisma tão atraente
que as faz ser conhecidas em todas as latitudes.
Esta dimensão do fascínio aliado à realeza deve -se a uma condição superior de
representação da coroa, de um país, de uma nação e, por isso, as famílias reais não são
uma família normal, embora todos pretendam um crescimento e uma existência o
mais normal possível; mas o seu estatuto é diferente, pois requer -se deles o exemplo,
Conradi, ; .
Conradi, ; .
Carvalho, ; .
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